A missa que encerrou as atividades do 13º Simpósio Nacional das Famílias, neste sábado, 27 de maio, foi a da Solenidade de Pentecostes, quando a Igreja celebra a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos. Centenas de famílias participaram na basílica de Nossa Senhora Aparecida. O bispo de Campo Mourão (PR) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, dom Bruno Elizeu Versari, presidiu a missa e, em sua homilia, desejou que “o sopro de vida de Jesus esteja presente” com cada um e que o Espírito Santo de Deus anime os agentes da Pastoral Familiar a ser “sinal de Jesus”.
Dom Bruno olhou para a cruz e recordou a narração de São João no Evangelho. Do alto do madeiro, Cristo deu o último suspiro.
“Jesus soprou, esvaziou-se completamente, esvaziou-se dali e encheu aqui [no coração]. Para o evangelista São João, foi isso que aconteceu no dia de Pentecostes, Jesus esvaziou-se, esvaziou-se e soprou, soprou até ficar completamente presente nas pessoas, de tal forma que agora voltar para casa, ir pelos campos e pelos caminhos da vida de cada um é como se fosse possível a gente levar um pedacinho junto. E quanto mais próximos ficarmos, mais Jesus será conhecido”, disse.
O presidente da Comissão Vida e Família da CNBB também recordou que o “Espírito Santo é o sopro de vida de Jesus” e motivou as famílias a serem também lugar desse “sopro de vida”, por meio dos “gestos fundamentais da vida”.
“Famílias, coragem, não tenham medo. Ensinem as crianças, desde pequenos a invocar o nome do Senhor, a rezar, a fazer o sinal da cruz, a ir na comunidade, na Igreja. Famílias, a fé, no final de tudo, é o que sobra. Quantos correm de um lado para o outro e Jesus diz: venham, eu aliviarei os vossos fardos, eu lhes darei descanso, eu lhes darei a vida”.
Para o bispo, foi um “presente imenso” estar no Santuário Nacional de Aparecida no dia de Pentecostes, “para receber o sopro da vida e continuar no caminho de cada um, diante das dificuldades, dos desafios”.
“Que o Espírito Santo de Deus, presente na vida de cada um, os anime a ser sinal de Jesus lá na sua comunidade, lá onde você mora, lá onde você participa, lá na pastoral. E assim, com certeza, será muito feliz”, desejou dom Bruno.
Prece de peregrino
Dom Bruno começou a homilia dirigindo-se à imagem de Nossa Senhora Aparecida em destaque no altar central da basílica “como peregrino”. Contou que aprendeu a rezar o terço desde criança e ninguém ia dormir sem pedir a bênção para a mãe. “Todo o filho ao chegar em casa, saúda a mãe. É assim que nós estamos nesse santuário”, lembrou.
E dirigiu-se à Padroeira do Brasil:
“Que bom estarmos aqui.
Nossa Senhora, cuida dos padres, dos diáconos, dos bispos, para que continuem encantados pela Pastoral Familiar.
Aqui neste santuário repleto de famílias, quero consagra-las a ti, Mãe de Deus e nossa, Mãe do Céu, Mãe do povo brasileiro.
Nossa Senhora, tem família que está passando um momento difícil, momentos conturbados, interceda por elas. Peça por elas para que não desanimem diante das dificuldades.
Mãe, Mãe Aparecida, os filhos não pedem mais bênção para a mãe, os filhos estão distantes dos pais, proteja-os, cuide deles, são seus filhos também, cuide das famílias do Brasil.
Nós estamos aqui com famílias do Brasil inteiro preocupados com a Pastoral Familiar, mas que tem uma preocupação essencial: ajudar os jovens a construir família como a sua, como a Sagrada Família de Nazaré. Nós oferecemos o itinerário para os jovens valentes que querem ter famílias santas, e são muitos.
Desperta no coração dos casais para ajudar outros, os noivos, os jovens que querem se casar. Mãe, cubra com o seu manto os nossos jovens, eles querem ter famílias santas também.
E muito obrigado por estar aqui e por reunir tantas pessoas nesse santuário. No dia de Pentecostes, estava lá com os discípulos. E veja que coincidência: na festa de Pentecostes, nós estamos aqui. Muito obrigado”.
Imagens: reprodução/Youtube/Santuário Nacional de Aparecida