Nesta quarta-feira (12), a Igreja Católica em todo o mundo comemora o dia dos santos Luís e Zélia Martin, pais de Santa Teresa do Menino Jesus. Pais de nove filhos, eles foram canonizados em 18 de outubro de 2015 pelo Papa Francisco, durante o Sínodo das Famílias. A festa é celebrada em 12 de julho porque é o dia do aniversário de casamento.
O novo assessor da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Rodolfo Chagas Pinho, tem uma ligação muito forte com o casal. Isso porque até antes de receber o convite para o serviço na Comissão, ele estava como pároco no Santuário Diocesano de Santa Terezinha, que também recebeu o título de Santuário da Família, em Bandeirantes, no norte do Paraná.
“Para mim, são Luís e santa Zélia Martin têm um exemplo de educação dos filhos. Eles levantavam cedo, trabalhava, rezava, educava os filhos como toda família. São Luís teve Alzheimer, Santa Zélia morreu com um câncer. Um casal normal”, comentou. “Por isso, pedimos a intercessão deles por todas as famílias do Brasil, pela educação dos filhos nas virtudes cristãs”, completou.
Conheça a história
Luís nasceu em 1823, em Bordeaux, na França, e Zélia chegou ao mundo oito anos depois. Os dois são frutos de famílias católicas. Já em Alençon, Luís estudou com os Irmãos das Escolas Cristãs. Ao completar sua formação, aprendeu o ofício de relojoeiro.
Em sua biografia, a Santa Sé conta que Zélia era “inteligente e comunicativa por natureza” e que sua irmã Marie Louise era como uma segunda mãe. A família de Zélia também se mudou para Alençon após a aposentadoria do pai, em 1844. Lá, no internato das irmãs da Adoração Perpétua, aprendeu a confeccionar o ponto de Alençon, uma das rendas mais famosas da época.
Os dois sentiram durante a juventude o desejo de se consagrar a Deus através da vida religiosa. No entanto, os dois não foram aceitos porque Deus tinha outros planos para o casal. Foi então que em abril de 1858, Luís e Zélia se encontraram pela primeira vez. Eles se apaixonaram e se casaram na noite entre 12 e 13 de julho do mesmo ano.
O casal levava uma intensa vida espiritual com missas diárias, oração pessoal e comunitária, confissão frequente e participação em atividades paroquiais. Além disso, tiveram nove filhos, dos quais sobreviveram cinco meninas: Paulina, Maria, Leônia, Celina e Teresa. Mais tarde, todas se tornariam religiosas.
Aos 45 anos, Zélia descobriu que tinha um tumor no seio e viveu esta doença com firme esperança cristã e morreu em agosto de 1877. Por sua vez, Luís contraiu uma doença que o debilitou até a perda de suas faculdades mentais. Ele morreu em julho de 1894.