O Conselho Federal de Medicina não é órgão que tenha competência de falar em nome dos médicos no Brasil pois entre outros motivos, seus membros não são eleitos pela classe.
Há alguns anos atrás eles propugnaram o aborto de fetos portadores de alterações genéticas como a anemia falciforme, doença que permite longa sobrevida com tratamento adequado. Mandaram uma recomendação ao Congresso e na ocasião enviamos um abaixo-assinado com 80 assinaturas de professores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense protestando contra essa decisão. Nunca recebemos qualquer resposta mas eles não insistiram. Agora vêm novamente à carga mas desta vez com o aborto por demanda. Mais uma vez protestamos contra essa decisão que é tomada ao arrepio da Classe Médica. Porque eles não propõem um plebiscito entre os médicos? Os médicos não são executores de seres humanos inocentes. Espero que o Congresso Nacional siga a opinião da população brasileira que já se manifestou em mais de 90% contra a liberação do aborto.
Herbert Praxedes – Niterói