O prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, cardeal Kevin Farrell, apontou a figura de São José como um exemplo que deve ser seguido. No último mês, ele participou de dois encontros – o Congresso das Famílias Shalom e do 40º aniversário do movimento Casais para Cristo – e aproveitou a ocasião para falar sobre a paternidade e sobre o papel que o santo desempenhou para a história de salvação da humanidade.
À luz da Exortação Apostólica Amoris Laetitia e da Carta Apostólica do Santo Padre “Patris Corde”, o cardeal afirmou que pouco se conhece de São José, mas justamente essa humildade e essa simplicidade foram o que lhe permitiram cumprir fielmente a missão que o Senhor lhe tinha confiado.
“José foi uma figura fundamental para Jesus, para Maria e para toda a história da salvação, e, apesar disso, durante a sua vida terrena, viveu como se fosse invisível: ninguém o percebe, ninguém aprecia as suas qualidades. Os evangelhos não trazem sequer uma palavra dita por ele”, destacou. “Toda a missão de São José decorre nesse silêncio, nessa sombra. Tudo o que São José faz, faz por obediência a Deus, não para ser enaltecido por alguém. E não reclama desse silêncio!”, completou.
O cardeal também apontou a necessidade atual de redescobrir a paternidade, citando em vários pontos as duas audiências gerais que o Papa Francisco dedicou à figura paterna. “No escondimento de São José, vemos o caráter de um pai de verdade, de um homem de verdade. Hoje, porém, parece que as pessoas precisam desesperadamente de atenção, de aparecerem, serem vistas, receberem aplausos. Como se alguém que não recebesse bastantes likes não tivesse valor como pessoa”, disse.
O prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida explica ainda que São José é realmente o antídoto mais eficaz contra esta forma doentia de narcisismo. “Um pai de verdade cumpre o seu dever e santifica-se porque o bem dos filhos o exige, e porque é o que Deus lhe pede para fazer. Ele permanece fiel à sua missão de marido e pai pela vida toda, ainda que ninguém o perceba, e que ninguém note todo o bem que faz!”, concluiu o cardeal.