Neste Domingo de Cristo Rei do Universo, a Igreja no Brasil celebra também o Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas. Animada pelo Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), a data tem proposto o tema “Testemunhas de Jesus libertador no compromisso com a vida”.
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“O tema deste ano por si já nos motiva a pensar a nossa vocação e missão como cristãos leigos e leigas: testemunhar Jesus é ser artífice de seu Reino de amor, justiça, igualdade, solidariedade… e como imitação do Mestre, estar a serviço da vida“, ressaltou o CNLB.
O trecho do livro do Êxodo (3,7-8) é a iluminação bíblica par a ocasião: “Eu vi a aflição do meu povo e desci para libertá-lo“. A reflexão indica que “só pode ver a aflição do irmão quem se propõe a abrir o seu coração, as portas e as janelas de sua casa e caminhar rumo às periferias”. Segundo o Conselho do Laicato, este é o sentimento e a espiritualidade que precisamos alimentar: a dimensão do serviço do avental que nos faz servidores.
Em agosto, por ocasião do mês das vocações, o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da CNBB, Laudelino Augusto Azevedo, falou ao Portal Vida e Família que além da atuação na Igreja, através dos ministérios próprios dos cristãos leigos, há a “vocação própria” do laicato que se realiza no mundo, ou seja, na família, no trabalho, na economia, na política, em todos os âmbitos de atividade humana. “Na realidade social, somos chamados a exercer o ‘serviço cristão ao mundo’, visando a revelação e expansão do Reino de Deus na história”, explicou Laudelino.
Vocação de leigo na família
O Documento 105 da CNBB: “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade” apresenta a família, tanto no âmbito eclesial quanto no social, como o “areópago primordial”, o ambiente primeiro, em que os cristãos leigos e leigas exercem o seu ministério e o seu serviço cristão.
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“Na celebração do sacramento do Matrimônio, os cristãos leigos e leigas exercem seu sacerdócio batismal. Eles são ministros da celebração. … e não só na celebração, mas igualmente na consumação do sacramento, na geração e educação dos filhos” (105, n. 138). Na família “se aprendem as orientações básicas da vida: o afeto, a convivência, a educação para o amor, a justiça e a experiência da fé” (105, n. 255).
Documento 105 da CNBB
“Assim, como “célula da Igreja” e, ao mesmo tempo, “célula da sociedade”, como ensinou São João Paulo II, “na família se forja o presente e o futuro da humanidade”!”, destaca Laudelino.
Foto de capa: Igreja Matriz de Montes Claros