O arcebispo de Dubuque, no estado de Iowa, dom Michael O. Jackels, enviou uma carta aos fiéis de sua diocese para convidar a uma mudança de perspectiva e um convite a uma série de questionamentos e reflexões sobre o que realmente significa ser e chamar-se cristão no mundo de hoje. A carta foi motivada após os recentes massacres em Buffalo e Uvalde, causados pela liberação de armas.
No texto, Dom Jackels expressa antes de tudo sentimentos de “piedade por aqueles que fazem compras em Buffalo, pelos alunos do Texas, por suas famílias enlutadas e por todos aqueles que agora têm mais medo do que nunca de fazer essas simples coisas do dia a dia”. Em seguida, afirma: “Perguntemo-nos quais são as razões para recusar limites razoáveis à posse de armas, que se inspiram no bem comum e oferecem proteção contra o mal”.
O prelado convida a uma mudança de perspectiva: não é somente o aborto e a pena de morte que são “questões da vida” segundo o ensinamento católico, mas também o é garantir a homens e mulheres aqueles que o Papa Francisco em mais de uma ocasião chamou de direitos fundamentais. Entre estes, “a defesa da violência das armas”. “Estas também são questões que dizem respeito à vida”, escreve o prelado.
A Eucaristia
Dom Jackels também voltou escreveu sobre a questão de negar a eucaristia a pessoas pró-aborto. No entanto, ele defende que a Eucaristia pode ser o caminho para a cura. “Alguns querem reparar o escândalo dos políticos católicos ‘pro-choice’ recusando-lhes a Eucaristia. Mas esta é uma resposta errada por pelo menos duas razões. A primeira, explica o próprio Jesus: “São os doentes que precisam de médico, não os sãos”. Cristo nos deu a Eucaristia como instrumento de cura. Não devemos negar o remédio a quem dele precisa”, destacou.
A segunda, de acordo com o arcebispo, é “melhor colocar a Eucaristia nas mãos desses católicos na esperança de que um dia eles logo ponham as mãos para trabalhar em favor da vida, em defesa de toda a vida”, apontou.
*Com informações do Vatican News