A pequena bebê inglesa Indi Gregory, de oito meses de idade, morreu nesta segunda-feira (13), na cidade de Nottingham, na Inglaterra. Nas últimas semanas, ela esteve no centro de um caso de aceleração forçada da morte por conta da decisão do judiciário britânico. Afetada por uma doença mitocondrial incurável que impedia as suas células de produzirem energia, na última sexta-feira (10), a justiça do Reino Unido negou os últimos recursos do casal inglês Dean Gregory e Claire Staniforth em defesa da vida da própria filha.
“Minha filha está morta, minha vida acabou”, anunciou o pai, Dean Gregory, à mídia. Após a morte da menina, “minha esposa Clare e eu estamos com raiva, com o coração partido e envergonhados”, disse o pai. Ele acrescentou: “O serviço de saúde nacional e os tribunais não apenas lhe tiraram a chance de viver, mas também a dignidade de morrer em sua própria casa. Eles conseguiram tirar o corpo e a dignidade de Indi, mas nunca poderão tirar sua alma”.
Indi estava internada no Queen’s Medical Center (QMC), em Nottingham, mas os médicos responsáveis solicitaram o desligamento dos aparelhos pois achavam que o tratamento era inútil.
O Hospital Pediátrico Bambino Gesù, do Vaticano, ofereceu seus profissionais e as instalações para assumir os cuidados médicos de Indi. O Papa Francisco, conforme relatou o diretor da Sala de Imprensa vaticana, Matteo Bruni, em uma nota no sábado (11), “abraçou a família da pequena Indi Gregory, seu pai e sua mãe, rezando por eles e por ela, e voltando seus pensamentos para todas as crianças que, nessas mesmas horas, em todo o mundo, estão vivendo com dor ou arriscando suas vidas por causa de doenças e guerras”.