Farol Vida e Família – para estar atento à realidade
Uma campanha no Reino Unido denuncia o aumento do número de abortos de bebês diagnosticados com Síndrome de Down. De acordo com a mobilização, o acesso ao exame não-invasivo de rastreamento genético está relacionado com as interrupções voluntárias de gestações. Os números mais recentes projetam que 90% dos nascituros com esse diagnóstico seriam abortados.
“Não nos exclua”, pedem portadores da síndrome e familiares. Uma das preocupações dos envolvidos na iniciativa é que o aumento no número de aborto de bebês diagnosticados com Síndrome de Down tenha um efeito profundo de longo prazo na população da comunidade da síndrome de Down e “possibilitariam uma espécie de eugenia informal em que certos tipos de pessoas com deficiência são efetivamente ‘excluídas’ da população antes mesmo de nascerem”.
A legislação nos países que fazem parte do Reino Unido prevê que o aborto está disponível até 12 ou 14 semanas, a pedido; até 22 ou 24 semanas por motivos de “saúde mental”; ou até o nascimento por “anomalia fetal”.
Em qualquer um dos três casos há uma facilitação à exclusão dessas crianças. Na Inglaterra e no País de Gales, a Lei do Aborto descreve uma redação restritiva – “que há um risco substancial de que, se a criança nascesse, sofreria de anormalidades físicas ou mentais que tornassem seriamente deficiente”. Na prática, a norma tem permitido o aborto para doenças incluindo síndrome de Down, lábio leporino e pé torto até o nascimento.