Na visão do observador permanente da Santa Sé na ONU, dom Francis Chullikatt, a promoção da família e o desenvolvimento humano integral são instrumentos para garantir o futuro das gerações.
Em seu discurso proferido no 10, na sede da ONU, em Nova York, durante a 47ª Sessão da Comissão das Nações Unidas sobre População e Desenvolvimento, o arcebispo argumentou que o fenômeno insustentável do envelhecimento da população pode ser resolvido somente com a promoção da vida familiar e da fertilidade. “O apoio aos idosos requer gerações futuras mais numerosas que possam contribuir economicamente ao sistema social e providenciar o apoio familiar entre as gerações”, disse dom Chullikatt.
Diante do contexto atual da sociedade, o arcebispo observou como algumas abordagens sobre o tema “parecem considerar a fertilidade e gravidez como uma doença que os Governos devem prevenir ou curar”.
“Naturalmente, este comportamento pode refletir as preocupações de alguns países desenvolvidos, mas no âmbito universal, ele distorce a realidade das populações e do desenvolvimento na maior parte das nações do mundo”, frisou ainda arcebispo.
Valorizar a vida
“A abordagem correta deve se concentrar menos na redução da fertilidade e mais em programas e valores que apoiam o desenvolvimento humano integral, tanto que o acesso à educação, oportunidades econômicas, aos serviços de saúde e apoio à família devem ser as diretrizes para o desenvolvimento da humanidade”, disse ainda dom Chullikatt.
O arcebispo fez um apelo a prestar atenção na “promoção insistente dos direitos da saúde reprodutiva que na realidade esconde a tentativa de promover a legalização ou liberalização do aborto”. De acordo com o bispo, “os governos deveriam ajudar as mulheres a evitar o recurso à interrupção voluntária da gravidez”.
Dom Francis concluiu a reflexão citando uma passagem da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, do papa Francisco: ‘Não é progressista pretender resolver os problemas com a eliminação da vida humana’, o observador vaticano reiterou que “através da promoção de serviços acessíveis e de qualidade na educação, saúde, alimentação e respeito pelos direitos humanos, a Santa Sé mostra que o cuidado pelos pobres, e o não focalizar-se na redução da fertilidade, é o modelo para o desenvolvimento verdadeiramente humano”.
CNPF/News.va