O tema da família e a catequese nas etapas pré e pós-matrimônio foram aprofundadas durante o 11º Simpósio Nacional das Famílias, na tarde deste sábado (29). Em uma mesa-redonda coordenada pelo Pe. Crispim Guimarães, assessor da Pastoral Familiar da Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNBB), casais de namorados, noivos, recém-casados, formador, padre e bispo deram suas experiências sobre a catequese. “Esse é um espaço para sermos catequista, fazermos catequese, sermos catequizados”, destacou Pe. Crispim.
O bispo de Campo Mourão (PR), dom Bruno Eliseu Versari, afirmou que tem sido importante encontrar tempo para vivenciar, ainda que de modo virtual, o Itinerário Vivencial de Acompanhamento Personalizado. “Ser catequista também é uma função de bispo”, disse. “É um marco divisor na vida das pessoas e da Igreja. E que, com certeza, é necessário aos casais terem coragem para chegar até os padres e pedir para mudar e querer fazer parte dessa mudança de paradigma. E isso é um grande desafio, mesmo que seja com um grupo pequeno, mas isso será o diferencial na vida da Igreja. É preciso Coragem!”, completou.
Arieli e Jonathan, casal de noivos que está sendo acompanhado por Dom Bruno, afirmaram que a experiência de ser acompanhado por um bispo está sendo uma honra e uma surpresa. “Estamos muito felizes e gratos pelo bispo estar nos apresentando esse itinerário e discernindo muitas dúvidas”, disseram.
Pe. Rubens, da Diocese de Dourados (MS), que já vivencia o itinerário com 26 casais sendo acompanhados em sua diocese, diz que ainda há casais na fila de espera. Como experiência, ele relatou a dificuldade de um casal com a sogra durante as formações e que com a ajuda do Espírito Santo, a situação se resolveu na família. “Quem mais ganha com isso é o padre e os casais acompanhantes, com certeza”.
Outras experiências
Nayara e Alexandre, que já passaram pelo itinerário de acompanhamento no namoro, hoje são catequistas e participam do grupo “São José”, de jovens casais, sendo também responsáveis pela liturgia, graças às motivações de formações e acompanhamentos. Roberto e Leo Mariannini, da região Episcopal Ipiranga, em São Paulo (SP), casados há 31 anos, também compartilharam a experiência de acompanharem casais de forma on-line, com casais do pré-matrimonial, bem como também com casais que já vivem juntos. “Esperamos famílias melhores, mais bem estruturas na fé e tribunais eclesiásticos vazios daqui para a frente”, disseram.
Sidnei e Karina, casados há 20 anos, casal formador na Arquidiocese de Porto Alegre (RS) relatam a experiência de amor e acolhimento como evangelização na catequese junto aos pais e padrinhos como catequistas, no acompanhamento de famílias de batizandos, com o intuito de que estes se sintam motivados a caminhar na vida paroquial. Eles também trabalharam com Movimentos de Casais Jovens (MCJ), onde a vivência em pequenas comunidades da família do movimento é uma experiência muito gratificante de apoio para os anos iniciais, onde exerceram uma paternidade alargada.
Pe. Crispim concluiu a mesa redonda citando a Exortação Apostólica Amoris Laetitia (nº 208): “É imprescindível uma pastoral personalizada numa sociedade de massa onde as pessoas perdem a identidade”. “Que todos tenhamos coragem!”.
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Simpósio
O 11º Simpósio Nacional das Famílias é uma realização da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, por meio da Comissão Nacional da Pastoral Familiar, com apoio da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética.
Texto: Maria Aparecida e José – agentes de comunicação do Regional Oeste 1 da Pastoral Familiar
Revisão: André Luiz Gomes