A história da salvação é marcada pelo testemunho daqueles que aceitaram fazer parte do projeto de Deus para a humanidade e contribuir com ele. Neste Dia Internacional da Mulher, o Portal Vida e Família recorda alguma das mulheres que são destacadas nas Sagradas Escrituras como importantes colaboradoras do projeto divino de amor.
Um texto acadêmico reproduzido em algumas revistas de história e de religião cita algumas mulheres do Antigo Testamento que exercem forte liderança. “Elas envolviam-se com a defesa, permanência e a formação da consciência do povo hebreu” e “estão presentes onde a vida está fragilizada e ameaçada”, de acordo com o artigo que assim enumera algumas das mulheres e suas contribuições:
“O riso de Sara, no livro do Gênesis, nos revela sua participação na constituição do povo ao gerar um filho. Os cânticos de Míriam, Débora e Ana revelam a alegria da mulher, fazendo sua parte na história da salvação. Rute é o exemplo de solidariedade da mulher oprimida. As parteiras no Egito, com coragem e astúcia, tramam um novo projeto de sociedade. Nesta nova sociedade, a vida deve ser defendida e preservada. Jael e Judite são exemplos de firmeza na luta de resistência. Ester com determinação expõe a própria vida pela salvação de seu povo. A mãe dos Macabeus dá testemunho de fé e foi fiel ao projeto de Javé”.
No livro “Catequese desde o ventre materno”, a irmã Maria Helena Teixeira fala de mulheres libertadoras e cita Maria, irmã de Moisés, “que dirigia com entusiasmo e grande competência o canto das mulheres e a qual Deus falava de forma privilegiada”. Lê-se no livro do Êxodo: “E Maria entoava: ‘Cantai ao Senhor, pois de glória se vestiu, ele jogou ao mar cavalo e cavaleiro’” (Ex 15, 20-21).
No Novo Testamento, a figura de Maria, Mãe de Jesus, é central na Nova Aliança, ao aceitar gerar o Salvador. Também outras mulheres somam-se na acolhida e no seguimento a Jesus, como discípulas missionárias.
Maria Madalena foi a primeira das mulheres que seguiram Jesus e a proclamá-lo como Aquele que venceu a morte; foi a primeira apóstola a anunciar a alegre mensagem central da Páscoa. Quando o Filho de Deus entrou na história dos homens, esta mulher foi um daqueles que mais o amou e o demonstrou. Quando chegou a hora do Calvário, Maria Madalena estava aos pés da Cruz, junto com Maria Santíssima e São João. Ela não fugiu com medo, como os discípulos fizeram; não o renegou por medo, como fez o primeiro Papa, São Pedro, mas sempre esteve presente, desde o momento da sua conversão até ao Calvário e ao Sepulcro.
O Papa Francisco instituiu a memória litúrgica de Maria Madalena como uma Festa, a partir do dia 22 de julho de 2016, para ressaltar a importância desta discípula fiel de Cristo, que demonstrou grande amor por Ele e Ele por ela.
Outra mulher que contribuiu no projeto de salvação foi Priscila, esposa de Áquila. O casal acolheu São Paulo em sua casa, contribuindo para o crescimento da Igreja no seu início.
Áquila e Priscila trabalhavam na fabricação de tendas e ajudavam Paulo na formação de novos convertidos ao cristianismo. Como a iniciação cristã de Apolo, um judeu de Alexandria, profundo conhecedor das Escrituras. Estudiosos contam que ele ficou fascinado pela catequese deles, que se tonou crível pelo testemunho reciprocidade e oblação conjugal.
Sobre o testemunho dos Santos Áquila e Priscila, o Vatican News oferece o seguinte relato:
A grande casa em Éfeso, adquirida pelos cônjuges, tornou-se logo ponto de referência para a comunidade recém-nascida, que ali se encontrava para ouvir a Palavra e celebrar a Eucaristia. Ali, o Apóstolo se hospedou, recordando sempre, com gratidão, a calorosa acolhida dos dois amigos, que, para o salvar – escreve na Carta aos Romanos – “arriscaram a sua vida”.