“Deus, que nos chama a uma generosa entrega e a oferecer-Lhe tudo, também nos dá as forças e a luz de que necessitamos para prosseguir. No coração deste mundo, permanece presente o Senhor da vida que tanto nos ama. Não nos abandona, não nos deixa sozinhos, porque Se uniu definitivamente à nossa terra e o seu amor sempre nos leva a encontrar novos caminhos. Que Ele seja louvado!”, disse o Papa Francisco ao final da Encíclica, Laudato si – “sobre o cuidado da casa comum”. Adquira a Encíclica na Loja Virtual da Pastoral Familiar: Â www.lojacnpf.org.br
O texto trata da ecologia humana e o clima está no centro das preocupações apresentadas pelo pontífice. ÂÂ Além disso, são apontadas as problemáticas e os desafios de preservação e prevenção, como também aspectos da proteção à criação e questões como a fome no mundo, pobreza, globalização e escassez.
O Papa explicou que o nome da Encíclica foi inspirado na invocação de São Francisco “Louvado sejas, meu Senhor”, que no Cântico das Criaturas recorda que a terra pode ser comparada com uma irmã e uma mãe. A nova Encíclica é composta por seis capítulos, são eles: “O que está a acontecer à nossa casa”, “O Evangelho da criação”, “A raiz humana da crise ecológica”, “Uma ecologia integral”, “Algumas linhas de orientação e ação” e “Educação e espiritualidade ecológicas”.
Para o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha, o tema do documento “é de grande atualidade” e “os problemas são muito urgentes”. Ele destacou a gratidão, o louvor, a esperança e a responsabilidade como as atitudes diante da apresentação do texto.
Conversão Ecológica
Ao longo do texto, o papa convida a ouvir os “gemidos da criação”, exortando todos a uma “conversão ecológica”, a “mudar de rumo”, assumindo a responsabilidade de um compromisso para o “cuidado da casa comum”. Nesse trecho da Encíclica, o Papa “pressupõe espiritualidade e mística, iluminada pela Palavra de Deus”, considera dom Sergio, que observa ainda que, embora haja apresentação da temática de forma especializada cientificamente, não faltou a “luz da fé”.
Para o arcebispo de Salvador (BA) e vice-presidente da CNBB, dom Murilo Krieger, o Papa foi realista, proativo e corajoso em sua publicação, pois ela “não fica apenas em uma crítica, mas aponta caminhos na esperança de poder mudar a situação do mundo” e “propõe uma mudança de mentalidade”.
O bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, destacou os momentos de preparação do documento, quando o Papa teve a “sensibilidade” de recolher as contribuições das conferências episcopais e até do patriarca ecumênico, a respeito do tema.
Os temas das próximas duas campanhas da Fraternidade da CNBB, escolhidos antes da publicação da Encíclica, estão em sintonia com a Encíclica. Neste ano, com a coordenação do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), a CF propõe a temática “Casa comum, nossa responsabilidade”. No ano seguinte, “Vida e Biomas” serão os principais elementos de reflexão.
Assessoria de Imprensa CNPF.