Após a saudação do Pe. Luiz Antonio Bento, assessor Nacional da Comissão Episcopal para a Vida e a Família, iniciamos a nossa reunião, vimos a necessidade que temos como grupo de valorizar o trabalho até hoje realizado.
O primeiro ponto da nossa agenda. Divorciados e Recasados. O casal Ana e Ayrton, vindos de Maceió, Alagoas casal de segunda união, que a partir de hoje fazem parte o nosso grupo de Reflexão, afirmam: “Em quanto casal de segunda união não queremos viver fora obediência à igreja”. Não se conhece até hoje um casal que tenha pretendido levantar uma bandeira para exigir da Igreja, única e exclusivamente, a participação na Comunhão eucarística. A Palavra de Deus não pode ser mudada. Um casal de segunda união aprende a amar Jesus com outra intensidade.
Sofrimento e dor da segunda união. Percebe-se que na Igreja a preparação dos futuros casais não é nada. Existe uma necessidade de evangelização, o compromisso é sólido na medida em que as pessoas respondem. Podemos discutir, mas sabemos que mesmo objetivamente estamos em pecado. Precisamos saber que estamos unidos em Cristo, descobrir o valor da misericórdia.
O grande anseio está voltado para o acolhimento. Como acolher? Convite a encontros? Os movimentos e serviços não aceitam os casais de segunda união. Poderia ser feita uma revisão deste trabalho. O caminho é de evangelização não a sacramentalização.
O Casal Bosco e Eunides, de Curitiba, Paraná, afirmam que uma cosia que é bastante seguro constatar. Não é possível numa lei geral incluir todos os casais de segunda união. Seria pretender que todos se enquadrassem no mesmo formato. Precisamos de uma luz, para poder entender o caminho da Lei Divino e da Lei Natural. Cativar pela boa notícia. Nesse sentido, temos certeza que podemos atrair casais de segunda união. No Instituto Nacional da Pastoral Familiar e da Família – INAPAF, temos um ponto de partida para poder responder aos seus anseios. Nosso trabalho deve ser conjunto.
A nomenclatura – segunda união – continua sendo um problema. Não se limita e nem estabelece o valor das pessoas. Devemos olhar para nossa teologia. Assim, poderemos contribuir a nível nacional. Não temos de fato para decidir. Mesmo não tendo poder de decisão nossas propostas podem ajudar aos que decidem. As coisas estão sendo vistas com um olhar preocupante, mas com esperança. Precisamos estabelecer um calendário que nos ajude a descobrir nosso jeito próprio de caminhar. Pensando nas Igrejas particulares.
Ainda há muita divergência na própria Igreja com respeito da situação geral sobre a segunda união. Os casais de segunda união encontram-se angustiados por causa da confusão gerada, muitas vezes, pelos próprios líderes das comunidades. O que faz bem para os casais de segunda união é a verdade.
Situação teológica dos casais de segunda união. A carência é a falta de evangelização. O casal coordenador Nacional da Pastoral Familiar, Tico e Vera, afirmam que, desde o ponto de vista pastoral, o discípulo missionário precisa, entender, compreender e, especialmente, viver na vida de fé.
O casal Ayrton e Ana, ressalta que os casais em segunda união não têm a grande ânsia de receber a Eucaristia, e sim, de servir, de assumir sua identidade de discípulo.
Pe. José Rafael Solano
Coordenador do Grupo de Estudos