THORNWOOD, New York, terça-feira, 20 de novembro de 2007 (ZENIT.org).
– Não se pode exagerar a importância moral e científica de uma descoberta que permite a ir adiante a pesquisa com curas relacionadas a células-tronco sem destruição de embriões, disse o diretor de um centro católico de pesquisas.
Padre Thomas Berg, diretor executivo do Westchester Institute, e membro do comitê de ética do New York’s Empire State Stem Cell Board, disse isso sobre duas recém-mencionadas teses científicas publicadas hoje que dizem como os cientistas geraram células-tronco pluripotentes de células da pele humana. O método assim evita questões éticas levantadas pela pesquisa com a destruição de embriões.
Ambos estudos usaram «reprogramação direta» de células humanas adultas para gerar células-tronco conhecidas como células de estado pluripotente induzido (IPSCs, por suas iniciais em inglês). Essas iPSCs possuem propriedades de células-tronco humanas embrionárias. Os cientistas esperam que células como essas eventualmente estarão hábeis a tratar doenças como diabetes e Parkinson.
E as células são combinadas com o paciente o que diminui o risco de rejeição no caso de serem transplantadas para o doador.
Pe. Berg explica: «Este tremendo avanço coloca o que se refere à vida humana embrionária e a pesquisa biomédica para salvar vidas no mesmo plano.
«Desde que começou o debate sobre pesquisa com células-tronco que destrói embriões, nós sabemos que a melhor resposta para o impasse ético estaria em alguém que permitisse a busca por curas relacionadas a células-tronco que fossem levadas adiante sem o perigo ou a destruição da vida humana embrionária no processo. Agora nós temos esta solução.»
Avanços superiores
Markus Grompe, professor de genética médica e molecular na Oregon Health and Science University, disse: «Não somente as iPSCs são tão boas quanto as células-tronco embrionárias, como elas são atualmente superiores em um aspecto critico: Elas são especificas do paciente e assim não serão rejeitadas pelo sistema imunológico da pessoa da qual derivam».
«A habilidade para gerar CTEs (células-tronco embrionárias) idênticas a uma pessoa em particular foi a principal razão para os esforços para clonar embriões humanos».
Maureen Condic, professor adjunto de neurobiologia e anatomia da Universidade de Utah, disse a ZENIT que a descoberta significa que as células podem ser usadas para pesquisa médica em relação a doenças humanas genéticas, a partir de agora. «Diferente da clonagem humana, a qual tem ainda não está completa e permanece somente na possibilidade teórica, as iPSCs foram geradas por dois laboratórios diferentes e independentes, que tornaram realidade hoje as células-tronco pluripotentes de um paciente específico.
«Além disso, diferentemente da clonagem, nenhum ovo é necessário para o procedimento do iPS [estado pluripotente induzido, segundo suas iniciais em inglês] e nenhum embrião humano é produzido ou destruído, então resolvendo maiores dificuldades éticas e práticas associadas com o procedimento da clonagem».
«Então, nos campos ético e prático, a programação direta é superior à clonagem como uma maneira de obter células-tronco pluripotentes específicas do paciente».
Potencial real
Padre Berg explica: «Esse avanço na reprogramação muda totalmente o panorama da pesquisa com células-tronco de um de controvérsia e promessas não cumpridas de tratamento, para um campo não comprometido moralmente que pode verdadeiramente acelerar bem o desenvolvimento de terapias exclusivas para um paciente».
«Nós todos estaríamos profundamente agradecidos a esses cientistas que – concordem ou não – a despeito disso levaram a sério as objeções éticas de muitas pessoas em relação à pesquisa com destruição de embriões.
«Eles têm agora que nos mostrar um caminho adiante que nós possamos todos conviver», conclui o Pe. Berg. «Há um enorme ganho recíproco, especialmente para aqueles que podem agora beneficiar-se de terapias guardadas por uma tecnologia que é muito mais eficiente que a clonagem».
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