Como ação concreta para celebrar o Dia Mundial dos Pobres, o Papa Francisco optou por apoiar 40 casas-famílias no território da diocese de Roma. Essas estruturas acolhem pessoas – oferecendo muitas vezes também residências -, principalmente adolescentes ou mães com dificuldades para criar seus filhos.
Em parceria com uma rede de supermercados da capital italiana, foram entregues macarrão e molho de tomate nessas unidades, além de produtos de higiene pessoal, especialmente produtos para a crianças pequenas – o suficiente para mais de dois meses. Paróquias e organizações de caridade também serão beneficiadas. No total, serão distribuídas cerca de cinco toneladas de macarrão, uma tonelada de arroz, duas toneladas de molho de tomate, mil litros de óleo e 3 mil litros de leite
Outra iniciativa será o repasse de 5 mil “kits” de artigos de saúde e cuidados pessoais para cerca de 60 paróquias de Roma, que serão distribuida para famílias mais necessitadas.
Nesta sexta-feira (12), o Santo Padre fez uma visita privada a Assis e se reuniu com um grupo de 500 pessoas pobres de diferentes partes da Europa e vivenciou com eles um momento de escuta e oração. Acolhido pelo “abraço dos pobres”, Francisco recebeu o manto e o cajado de peregrino que o acompanharam em procissão até a Basílica.
Em seu discurso, o Papa destacou que é necessário voltar a ouvir os pobres:
“É tempo que seja restituída a palavra aos pobres, porque durante demasiado tempo os seus pedidos não foram ouvidos. É tempo que se abram os olhos para ver o estado de desigualdade em que vivem tantas famílias. É tempo de arregaçar as mangas para restituir dignidade através da criação de empregos. É tempo que se volte a se escandalizar diante da realidade de crianças famintas, escravizadas, tiradas das águas quando naufragam, vítimas inocentes de todo o tipo de violência. É tempo que cessem as violências contra as mulheres e as mulheres sejam respeitadas e não tratadas como mercadoria. É tempo que se rompa o círculo da indiferença para retornar a descobrir a beleza do encontro e do diálogo”
Papa Francisco
O pontífice também destacou o sentido de esperança e a capacidade de resistência que há nos pobres, mesmo com “a marginalização, o sofrimento da doença e da solidão, a falta de muitos meios necessários“.
No domingo (14), o Papa presidirá a celebração da Santa Eucaristia na Basílica de São Pedro, com a participação de 2.000 pobres, de acordo com as normas e cuidados de saúde, assistidos pelas várias associações de voluntários presentes na região de Roma. No final da Celebração serão distribuídas refeições a todos os participantes.
Com informações da CNBB
Com informações e fotos de Vatican News