“A grande novidade da exortação está no título, pois precisamos olhar a família com alegria. Na Comissão Episcopal para a Vida e a Família nos deparamos com grandes problemas que atingem nossas famílias. Porém, o papa vem com um discurso diferente, propondo um cuidado mais atento com a família”, disse dom Bosco. Lembrou, portanto, que a Pastoral Familiar deve ser um eixo transversal de toda ação evangelizadora da Igreja.
O texto é fruto das reflexões da Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família, realizada em outubro de 2015. Um ano antes, em 2014, o papa convocou um Sínodo Extraordinário sobre o mesmo tema. A publicação apresenta diretrizes e linhas de ação sobre temas práticos que dizem respeito à evangelização da família.
Nesta perspectiva, dom Bosco explica que os Sínodos trouxeram reflexões profundas sobre a vida e a família. Mas, diferente do esperado, a exortação do papa Francisco mostra os resultados das contribuições dos padres sinodais, sem interferir na doutrina da Igreja.
“Para quem esperava uma grande novidade que mexesse com a doutrina da Igreja, não vai encontrar. Mas a grande novidade é o amor vivido na alegria, a beleza da família. Além de tudo isso, há o tom de misericórdia, de inclusão e o acolhimento carinhoso de cada pessoa em suas dificuldades. Portanto, o papa ressalta o papel de Mãe da Igreja, que cuida dos seus filhos”, pontuou o bispo.
Na mesma data, a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) lançou, oficialmente, o subsídio “Hora da Família 2016”, com o tema “Família e Misericórdia: Dom e Missão”. Saiba mais.
Para dom Bosco, o amor de construir uma família é alegria também da Igreja. Ele explica que o documento orienta que as questões mais difíceis sejam acompanhadas pelos padres, agentes da Pastoral Familiar, lembrando que “cada caso é um caso”, como diz o papa.
No contexto Ano da Misericórdia, o bispo ressalta a preocupação do papa Francisco em pedir que a Igreja seja misericordiosa e acolhedora, principalmente com as famílias que sofrem.
“Nenhuma de nossas famílias é perfeita, mas isso não deve tirar nossas esperanças ou diminuir nossa proposta de amor e de santidade. Não há ninguém que não caiba na misericórdia divina”, disse.
A exortação apostólica é organizada em nove capítulos.
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