Você conhece um ou dois heróis de sua terra natal. Sabe exatamente o que eles fizeram por seu país. Nas ruas da sua cidade, você certamente viu algum monumento para lembrá-los, além dos livros de história que repetem seu nome ano após ano.
Mas não há qualquer monumento para tantos heróis anônimos que participaram ativamente para que seu mundo esteja cheio de possibilidades.
A situação que estamos vivendo em todo o mundo devido à pandemia tem mexido completamente conosco. Faz balançar nossas estruturas sociais, econômicas, políticas e educacionais. Quem dera se também sacudisse nossos corações e nossa atenção.
Hoje, perto de você, atrás de uma parede ou caminhando em frente à sua casa, passam verdadeiros heróis que cuidam de você à distância. Você os conhece?
O valor do comum e do oculto
Hoje, estudiosos, filósofos, “especialistas” estão em casa “salvando o mundo” a uma distância saudável. E nós nos mantemos unidos e vivos graças aos caminhoneiros, cozinheiros e agricultores. Aqueles que criam gado e transportam mercadorias tornaram-se indispensáveis. E se entrarmos no campo da saúde, temos somente palavras de agradecimento aos médicos, enfermeiros, auxiliares e pessoal de limpeza em cada clínica e hospital.Advertisement
Mas, além desses heróis, há outros trancados em suas casas, que hoje queremos apresentar a você.
Pais preocupados
São tantos pais de família que, da noite para o dia, tiveram seus projetos e recursos financeiros abalados, seus empregos em risco, e que veem com temor as coisas acabando, saindo corajosamente para comprar mais, apesar da pandemia.
Esses pais são verdadeiros heróis, pois carregam o peso de cada lar nas costas; são quase domadores de leões de circo, uma vez que possuem apenas uma cadeira simples para afastar os fantasmas da crise, desvalorização, escassez e pandemia.
A eles, nossos sinceros agradecimentos. Da minha parte, sou especialmente grata ao meu marido, que não perdeu a motivação, o amor ou a esperança de manter sete filhos e uma esposa.
As mães que tiram coelhos da cartola
Diante do fardo pesado que os pais têm de levar, as mães geralmente precisam fazer mágica. Elas precisam ser criativas com a comida, econômicas com os recursos, amáveis com os filhos que – fartos do confinamento – testam-nas constantemente.Advertisement
Às vezes, as crianças assistem às nossas tentativas de melhorar o clima em casa e, às vezes, batem a porta na nossa cara, fazendo-nos sentir invisíveis e inúteis. Apesar disso, continuamos por perto e corremos até eles ao menor sinal de alarme ou tristeza. Que Deus mantenha a nossa motivação, tão necessária neste momento difícil.
Filhos corajosos e obedientes
Imagine que, da noite para o dia, você é sequestrado, fica mantido longe da luz solar e é sentenciado a trabalhos forçados. É assim que meu filho de dez anos descreve o “confinamento”, como ele gosta chamar a quarentena que viveremos no México, meu país, pelo menos até o final de maio de 2020.
Eles podem reclamar, mas aceitam-na de olhos fechados como adultos. Eles entendem que não é conveniente sair, que os números que ouvem se referem aos avós ou outras pessoas mais velhas que correm um risco real.
Nossos filhos nos dão um grande exemplo, porque, de uma hora para outra, eles interromperam seus passeios no parque, a hora do recreio em que corriam para jogar futebol, conversas entre amigos e corridas, para ajudar em casa, ver o estresse de pais e realizar atividades que às vezes os sufocam por estarem confinados. Mas lá estão eles, fiéis e atentos às recomendações dos pais e de autoridades, e indo em frente com o confinamento com uma atitude muito melhor do que alguns adultos.
Empreendedores conscientes
Muitos empregadores tiveram que demitir funcionários, tentando evitar o colapso de suas empresas, deixando milhares de pessoas à sua própria sorte. No entanto, há alguns que, em atos extraordinários de consciência social, pediram empréstimos, mudaram de direção e deram um exemplo de solidariedade diante das adversidades.Advertisement
Como exemplo, apresento dois casos em meu país. Felipe Ruiz, um empresário do setor hoteleiro, que, para levantar dinheiro para pagar o salário de seus funcionários, agora entrega tamales (um prato muito parecido com pamonha) por toda a cidade de Guadalajara, e prometeu gerar um fundo de apoio contra a iminente crise econômica.
Outro caso digno de reconhecimento é o de Daniela Ochoa, microempreendedora da Sonora (um estado ao norte do México) que se recusa a cuidar apenas de si mesma, defendendo até o fim o salário dos seus colaboradores, que ajudaram-na, desde pouco menos de dez anos para cá, a erguer seu negócio no segmento de alimentação.
Os idosos entrincheirados
Tenho uma linda tia de 70 anos que mora sozinha. Seus filhos visitam-na uma vez por semana para levar comida e atender às suas necessidades, e ela aproveita esse contato ocasional, suportando tudo com alegria e maturidade.
Ela consegue lidar com firmeza e coragem todos os dias, sem deixar que a dor, a solidão e o isolamento roubem sua paz. Ela confia em Deus, fazendo render as horas entre orações, leitura e bom ânimo. Você liga para ela, e ela sempre diz que está “muito bem”, e você pode sentir seu sorriso genuíno do outro lado da linha, mesmo que ela caminhe cada vez mais devagar e continue com aquela ferida que há meses vem afetando sua perna.
Como ela, muitos idosos suportam heroicamente a solidão, confiando em nossas autoridades e suportando necessidades prementes como verdadeiros soldados.Advertisement
Os extremamente generosos
Muitos, além de superar horas e horas de incerteza e medo, conseguem máscaras, doam mantimentos, visitam vizinhos e se oferecem para fazer compras para os mais vulneráveis. Eles doam roupas, brinquedos e alimentos para aqueles em situações menos favorecidas.
Esses heróis tem tocado em meu coração neste confinamento, tornaram-se um exemplo e uma luz para a minha família, e certamente para você também. Peçamos a Deus que nos ajude a admirá-los, reconhecê-los e nos tornar um deles.
Você conhece um ou dois heróis de sua terra natal. Sabe exatamente o que eles fizeram por seu país. Nas ruas da sua cidade, você certamente viu algum monumento para lembrá-los, além dos livros de história que repetem seu nome ano após ano.
Mas não há qualquer monumento para tantos heróis anônimos que participaram ativamente para que seu mundo esteja cheio de possibilidades.
A situação que estamos vivendo em todo o mundo devido à pandemia tem mexido completamente conosco. Faz balançar nossas estruturas sociais, econômicas, políticas e educacionais. Quem dera se também sacudisse nossos corações e nossa atenção.
Hoje, perto de você, atrás de uma parede ou caminhando em frente à sua casa, passam verdadeiros heróis que cuidam de você à distância. Você os conhece?
O valor do comum e do oculto
Hoje, estudiosos, filósofos, “especialistas” estão em casa “salvando o mundo” a uma distância saudável. E nós nos mantemos unidos e vivos graças aos caminhoneiros, cozinheiros e agricultores. Aqueles que criam gado e transportam mercadorias tornaram-se indispensáveis. E se entrarmos no campo da saúde, temos somente palavras de agradecimento aos médicos, enfermeiros, auxiliares e pessoal de limpeza em cada clínica e hospital.Advertisement
Mas, além desses heróis, há outros trancados em suas casas, que hoje queremos apresentar a você.
Pais preocupados
São tantos pais de família que, da noite para o dia, tiveram seus projetos e recursos financeiros abalados, seus empregos em risco, e que veem com temor as coisas acabando, saindo corajosamente para comprar mais, apesar da pandemia.
Esses pais são verdadeiros heróis, pois carregam o peso de cada lar nas costas; são quase domadores de leões de circo, uma vez que possuem apenas uma cadeira simples para afastar os fantasmas da crise, desvalorização, escassez e pandemia.
A eles, nossos sinceros agradecimentos. Da minha parte, sou especialmente grata ao meu marido, que não perdeu a motivação, o amor ou a esperança de manter sete filhos e uma esposa.
As mães que tiram coelhos da cartola
Diante do fardo pesado que os pais têm de levar, as mães geralmente precisam fazer mágica. Elas precisam ser criativas com a comida, econômicas com os recursos, amáveis com os filhos que – fartos do confinamento – testam-nas constantemente.Advertisement
Às vezes, as crianças assistem às nossas tentativas de melhorar o clima em casa e, às vezes, batem a porta na nossa cara, fazendo-nos sentir invisíveis e inúteis. Apesar disso, continuamos por perto e corremos até eles ao menor sinal de alarme ou tristeza. Que Deus mantenha a nossa motivação, tão necessária neste momento difícil.
Filhos corajosos e obedientes
Imagine que, da noite para o dia, você é sequestrado, fica mantido longe da luz solar e é sentenciado a trabalhos forçados. É assim que meu filho de dez anos descreve o “confinamento”, como ele gosta chamar a quarentena que viveremos no México, meu país, pelo menos até o final de maio de 2020.
Eles podem reclamar, mas aceitam-na de olhos fechados como adultos. Eles entendem que não é conveniente sair, que os números que ouvem se referem aos avós ou outras pessoas mais velhas que correm um risco real.
Nossos filhos nos dão um grande exemplo, porque, de uma hora para outra, eles interromperam seus passeios no parque, a hora do recreio em que corriam para jogar futebol, conversas entre amigos e corridas, para ajudar em casa, ver o estresse de pais e realizar atividades que às vezes os sufocam por estarem confinados. Mas lá estão eles, fiéis e atentos às recomendações dos pais e de autoridades, e indo em frente com o confinamento com uma atitude muito melhor do que alguns adultos.
Empreendedores conscientes
Muitos empregadores tiveram que demitir funcionários, tentando evitar o colapso de suas empresas, deixando milhares de pessoas à sua própria sorte. No entanto, há alguns que, em atos extraordinários de consciência social, pediram empréstimos, mudaram de direção e deram um exemplo de solidariedade diante das adversidades.Advertisement
Como exemplo, apresento dois casos em meu país. Felipe Ruiz, um empresário do setor hoteleiro, que, para levantar dinheiro para pagar o salário de seus funcionários, agora entrega tamales (um prato muito parecido com pamonha) por toda a cidade de Guadalajara, e prometeu gerar um fundo de apoio contra a iminente crise econômica.
Outro caso digno de reconhecimento é o de Daniela Ochoa, microempreendedora da Sonora (um estado ao norte do México) que se recusa a cuidar apenas de si mesma, defendendo até o fim o salário dos seus colaboradores, que ajudaram-na, desde pouco menos de dez anos para cá, a erguer seu negócio no segmento de alimentação.
Os idosos entrincheirados
Tenho uma linda tia de 70 anos que mora sozinha. Seus filhos visitam-na uma vez por semana para levar comida e atender às suas necessidades, e ela aproveita esse contato ocasional, suportando tudo com alegria e maturidade.
Ela consegue lidar com firmeza e coragem todos os dias, sem deixar que a dor, a solidão e o isolamento roubem sua paz. Ela confia em Deus, fazendo render as horas entre orações, leitura e bom ânimo. Você liga para ela, e ela sempre diz que está “muito bem”, e você pode sentir seu sorriso genuíno do outro lado da linha, mesmo que ela caminhe cada vez mais devagar e continue com aquela ferida que há meses vem afetando sua perna.
Como ela, muitos idosos suportam heroicamente a solidão, confiando em nossas autoridades e suportando necessidades prementes como verdadeiros soldados.Advertisement
Os extremamente generosos
Muitos, além de superar horas e horas de incerteza e medo, conseguem máscaras, doam mantimentos, visitam vizinhos e se oferecem para fazer compras para os mais vulneráveis. Eles doam roupas, brinquedos e alimentos para aqueles em situações menos favorecidas.
Esses heróis tem tocado em meu coração neste confinamento, tornaram-se um exemplo e uma luz para a minha família, e certamente para você também. Peçamos a Deus que nos ajude a admirá-los, reconhecê-los e nos tornar um deles.
Que mantenhamos seu heroísmo vivo, tornando-os conhecidos em nossas famílias, para que sejam incluídos nos livros. Seria justo se nossos filhos contassem a seus netos sobre esses heróis comuns que encheram tantas casas de luz. Deus abençoe todos esses heróis! Devemos muito a eles. Obrigada!