Festas de fim de ano se aproximam e podem não ocorrer por conta do distanciamento social. No entanto, cuidado deve permanecer
Natal e ano novo são festas que permitem diminuir um pouco a correria do dia a dia e poder reunir todos os avós, filhos e netos em torno da mesa para a ceia. Neste ano, enquanto a vacina não chega e os números de casos de Covid-19 começam a crescer novamente, é possível que este cenário não possa se concretizar. Mesmo assim, é possível vencer o isolamento dos idosos respeitando rigorosamente as normas de saúde.
“A pandemia atingiu diretamente os idosos e enfraqueceu ainda mais os vínculos entre as gerações. No entanto, respeitar o distanciamento não significa abandonar os idosos. É necessário que os mais jovens possam externar gestos de ternura para que eles se sintam amados e não fiquem sozinhos, mesmo que seja de forma virtual”, disse o bispo da diocese de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão Nacional da Pastoral Familiar, dom Ricardo Hoepers.
Dom Ricardo lembrou que este é um tema recorrente nas catequeses do Papa Francisco. Tanto é que no em julho deste ano, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida lança a campanha “Cada idoso é teu avô”.
“Uma árvore separada de suas raízes não cresce, não dá flores e frutos. É por isso que a união com suas raízes é importante. O que a árvore floresceu vem daquilo que tem de enterrado, diz um poeta de minha pátria”, enfatizou o papa Francisco à época, no dia de São Joaquim e Santa Ana.
Além dos avós, que estão unidos pelos laços de sangue, é importante não deixar para trás aqueles idosos do bairro, da paróquia, da comunidade, que possam estar solitários. “Para isso, devemos ser criativos, seja por videochamada, seja com serenatas, com um momento de oração, para que se sintam abraçados”, reforçou Dom Ricardo.