Um dos temas abordados durante o V Encontro com Movimentos Eclesiais, realizado pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), foi a implementação do Pacto Global pelas Famílias, proposto pelo Papa Francisco em 2023. A iniciativa põe em diálogo a pastoral familiar com os centros de estudo e pesquisa sobre a família presentes nas universidades católicas de todo o mundo.
O padre Fábio Antunes do Nascimento, diretor do Centro Bíblico Teológico Pastoral para América Latina e o Caribe (Cebitepal), órgão ligado ao Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), contribuiu para a discussão com apontamentos de como o pacto poderia ser implementado. “Incentivo às famílias do Brasil a não esperarem pelas universidades. Peçam reunião com as reitorias das universidades católicas, diretores, coordenadores de cursos. Vamos procurar uma brecha para somarmos. As universidades católicas estão à serviço da missão da Igreja”, apontou padre Fábio.
O Pacto propõe quatro pontos de atuação: a qualidade das relações familiares; promover a família, sujeito social; desafios sociais e políticos; e um desafio para todos (universidades e outros agentes sociais).
De acordo com o casal coordenador nacional da Pastoral Familiar, Alisson e Solange, a principal motivação para tratar sobre o Pacto Global com os movimentos eclesiais é devido à permeabilidade de seus agentes, das pessoas que fazem parte desses movimentos, nesses ambientes. “É uma grande ideia para que eles trabalhem, para que eles levem essa informação aos seus participantes dos movimentos e serviços, para que a gente possa acessar as universidades da melhor forma possível”, disse Solange.
“Que as universidades católicas e as famílias, por meio da Pastoral Familiar, possam a começar um processo de diálogo e ajudar a responder essas realidades, as questões das famílias, desde as questões de cunho social, psicológico, afetivo até as dinâmicas próprias de cada núcleo familiar”, completou Alisson.
Saiba mais
Durante o V Encontro com os Movimentos Eclesiais foi promovido um fortalecimento na comunhão entre os movimentos, serviços e a Pastoral Familiar. Por meio de conversas e reflexões, foram debatidos caminhos de unidade entre as ações de cada movimento a nível nacional para que chegue até as comunidades.
“Foi um encontro que se deu numa realidade bastante sinodal, onde pudemos nos ouvir atentamente, não trazendo um modelo conteudista, mas as realidades de onde as pessoas vivem. Foi um ambiente bastante favorável ao diálogo e à amizade, como propõe a Campanha da Fraternidade”, destacou Alisson.