A missa desta quarta-feira, dia 22, oitavo dia da 53ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi dedicada às famílias. Presidiu a celebração, na Basílica do Santuário Nacional, o bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos Petrini, e concelebraram os bispos de Coari (AM), dom Marcos Marian Piateck, e o auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), dom Antônio Augusto Dias Duarte. Casais e membros da Pastoral Familiar participaram da missa.
“O amor vivido como dom sincero de si é algo grande, que exige algum sacrifício, alguma renúncia. Mas não devemos ter medo disso, pois é a porta estreita que abre o acesso à realização”, disse dom Petrini, ao falar da relação esponsal entre marido e mulher.
“O ser humano foi pensado por Deus desde o princípio para viver em companhia: ‘homem e mulher Ele os criou”, diz a Sagrada Escritura, o ser humano tem uma estrutura relacional. A condição para a realização da pessoa é ‘ser para o outro’. O desejo de felicidade pode encontrar a própria satisfação somente através do outro. No entanto, a diferença sexual foi usada muitas vezes para o homem oprimir a mulher. A Igreja está empenhada em corrigir essa mentalidade antiquada que está sendo superada. Isto não elimina a diferença, mas a supera no respeito e na paridade de direitos e de oportunidades, encontrando novas formas de cooperação entre eles e com as novas gerações”, refletiu dom Petrini.
Sínodo da Família
O bispo recordou, ainda, as preparações para o Sínodo dos Bispos sobre a Família convocado pelo papa Francisco e que ocorrerá no Vaticano, em outubro. No ano passado, aconteceu o Sínodo Extraordinário e as comunidades católicas do mundo participaram da preparação, enviando suas contribuições.
Dom Petrini explicou que o Sínodo tem três grandes tarefas, como apresentar de maneira renovada o Evangelho da Família, ou seja, a beleza do amor, caminho para aquela vida em abundância, a vida eterna de que falava o Evangelho de hoje. Outro ponto que o bispo destacou é o enfrentamento as feridas, as situações de sofrimento que se criam exatamente pelas maneiras precárias de viver o amor nos dias atuais. E, também, segundo ele, caberá ao Sínodo incentivar a dimensão social da família para que possa dialogar com a sociedade.
Ao final, dom Petrini destacou que o Sínodo abre um espaço “para a Pastoral Familiar, Movimentos e Novas Comunidades, para testemunhar a beleza e a conveniência da família conforme ao desígnio de Deus, lugar onde as exigências humanas encontram maior correspondência”.
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