O papa Francisco recebeu em audiência, no dia 7 de março, os bispos da Conferência Episcopal da Tanzânia, ao final de visita ad limina. No discurso, o papa elogiou “a impressionante história da obra missionária em toda a região”, exortando os prelados a “manter e fomentar este imperativo missionário, para que o Evangelho possa penetrar cada vez mais todas as obras de apostolado e derrame sua luz sobre todos os âmbitos da sociedade tanzana”.
O papa também frisou a importância da defesa da vida e da família. Sobre o tema da família, Francisco afirmou aos bispos presentes que “o dom que as famílias saudáveis representam se sente com especial vitalidade na África” e recorda que “o amor e a atenção pastoral pela família estão no coração da nova evangelização… Mediante a promoção da oração, a fidelidade matrimonial, a monogamia, a pureza e o humilde serviço de outros dentro das famílias, a Igreja segue dando uma valiosa contribuição ao bem-estar social da Tanzânia que, unido a seu apostolado em âmbito educativo e sanitário, certamente favorece a maior estabilidade e o progresso do país”.
De acordo com o papa, “é difícil encontrar um serviço melhor que o oferecido pela Igreja quando dá testemunho de sua convicção da santidade do dom divino da vida e do papel essencial que desempenham as famílias espirituais e estáveis na preparação das novas gerações para viver vidas virtuosas e para enfrentar os desafios do futuro com sabedoria coragem e generosidade”.
“Anima-me de forma particular saber que Tanzânia se comprometeu a garantir a liberdade dos seguidores das diversas religiões de praticar sua fé. O amparo contínuo e a promoção deste direito humano fundamental fortalece a sociedade ao permitir aos crentes -fiéis aos ditados de sua consciência e no respeito à dignidade e direitos de todos- avançar na coesão social, na paz e no bem comum”.
“Agradeço profundamente seus esforços para promover o perdão, a paz e o diálogo como pastores de seu povo em situações difíceis de intolerância e, às vezes, de violência e perseguição”, disse o papa. Ao final da audiência com os bispos, o papa Francisco exortou o episcopado “também a trabalhar com as instituições governamentais e cívicas neste âmbito com o fim de garantir que o estado de direito prevaleça como um meio indispensável para garantir relações sociais justas e pacíficas e reza para que seu exemplo, e o de toda a Igreja em seu país siga inspirando todas as pessoas de boa vontade que desejam a paz”.
CNPF/ACIdigital