O arcebispo de Durban (África do Sul), cardeal Wilfrid Napier, esteve em Roma recentemente para uma reunião dos bispos africanos, conhecida como Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (SECAM), com o papa Francisco. Em entrevista, o cardeal disse que bispos do continente querem que o próximo sínodo no Vaticano se enfoque em fortalecer a Igreja com as famílias, ao invés de se preocupar com temas como o debate sobre a possibilidade de dar a comunhão aos divorciados em nova união.
“E o primeiro dissemos da necessidade de enfatizar que temos bons matrimônios, temos boas famílias; primeiro e principalmente sejamos positivos”, disse.
Em segundo lugar, continuou, “como podemos assegurar que a próxima geração também tenha boas famílias e bons matrimônios? Por isso a preparação e o acompanhamento são duas coisas nas quais realmente temos que nos concentrar”.
O cardeal Napier enfatizou que as boas famílias e a preparação das boas famílias no futuro, eram a sua resposta à pergunta sobre a suposta abertura de um bispo africano a admitir a Comunhão aos divorciados em nova união.
John Allen do site Crux escreveu em 11 de fevereiro que o arcebispo de Accra (Gana), dom Gabriel Palmer-Buckle, disse que “está aberto a permitir que os católicos divorciados e civilmente casados novamente recebam a comunhão, desmentindo impressões de uma posição africana uniformemente hostil à mudança nestes temas”.
Allen não citou Dom Palmer-Buckle, mas escreveu que o Prelado diz que está disposto a “votar sim” sobre “a proposta de Kasper”.
O Cardeal alemão Walter Kasper foi quem sugeriu que a comunhão possa ser entregue, em certos casos, àqueles divorciados em nova união, sem precisarem de um decreto de nulidade de seu primeiro matrimônio.