O Exame Nacional do Ensino Médio de 2020, cujo primeira parte da foi iniciada no domingo, 18 de janeiro, teve como tema da redação “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”.
A proposta trazia como reflexão de que saúde mental e doença mental não são sinônimos, uma vez que a “saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais”. Também foram sublinhas questões presentes na realidade das doenças mentais no Brasil, como preconceito, falta de informação e tratamentos precários a pessoas que sofrem de depressão, ansiedade, transtorno bipolar e outros transtornos mentais graves.
Os candidatos foram chamados a redigir um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema, apresentando proposta de intervenção.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, de 2017, a depressão é um problema de saúde que afeta 1 em cada 20 pessoas. São mais de 11,5 milhões de brasileiros que sofrem desse transtorno.
Em 2020, a Pastoral Familiar fez uma série de três lives sobre a prevenção ao suicídio na qual foi possível aprender sobre as doenças mentais. Especialistas ofereceram informações que podem auxiliar as pessoas a compreenderem.
Na segunda das três lives, o médico psiquiatra Thiago Pauluzi Justino, coordenador do curso de Medicina da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), ressaltou justamente na desestigmatização como forma de prevenir ideações suicidas, uma das consequências do agravamento de transtornos mentais. Para ele, é necessário “mostrar que é uma doença física, não é moral, porque os pacientes sofrem com isso”.